Mestra
30 de maio de 2006
Juazeiro do Norte (Região do Cariri)
8 de junho de 1927
11 de dezembro de 2009
Pessoal, quando eu morrer /
que vocês forem me enterrar /
num quero ver ninguém chorando /
porque eu não gosto de chorar /
vocês levem um violão /
pra na minha voz cantar /
cante música de reisado que eu gostava de cantar /
Gente, quando eu morrer /
eu não quero choro profundo /
eu quero um boi no meu enterro /
pra eu brincar no outro mundo /
pra eu brinca lá com São Pedro /
que é o chaveiro do mundo.
“Foi uma benção, foi uma luz de Deus nas nossas vidas esse trabalho!”
Dona Tatai criou-se em meio às festas natalinas. No colo da avó, ela ia para as comemorações de natal na casa do Padre Cícero. A mãe, Teodora Clarindo, havia dançado o pastoril aos 11 anos pela primeira vez e, no ano seguinte, já assumia uma Lapinha, incentivada por Padre Cícero. Dona Tatai estreou aos dois anos de idade no grupo da mãe. Brincou até aos dezenove anos, quando se casou. Daí em diante, passou a ajudar Teodora e em 1955 quando ela faleceu, ficou à frente da Lapinha Santa Clara.
Pelos meados de dezembro até janeiro, a Lapinha Santa Clara, fazia suas apresentações pela cidade de Juazeiro. No dia de Reis realizava a queima da palha, uma cerimônia que simbolizava a renovação da fé em Jesus Cristo. Em vez das cores tradicionais – azul e encarnado – o pastoril de D. Tatai defendia as cores verde e branco, uma concessão de amor materno ao filho, torcedor do Icasa, time de futebol local. Mesmo com dificuldades de adesões da juventude, em seus últimos tempos de atuação, Dona Tatai não desanimava e sua persistência foi a grande responsável pela formação de outras lapinhas na região.
Com uma sede no bairro Salesiano, atualmente, a lapinha Santa Clara, continua saindo pelas ruas de Juazeiro, no período natalino, precisamente de 25 de dezembro a 6 de janeiro. Apresenta-se também em Igrejas e praças.
Maria Vanda Pereira da Silva, filha de Dona Tatai, e seu marido Damião Felipe Gomes estão à frente da lapinha que mantém o número de 30 a 40 crianças – o mesmo da época da minha sogra – orgulha-se o mestre Felipe. As cores defendidas voltaram a ser as tradicionais vermelho, azul e branco, mas o entusiasmo em defender a tradição permanece o mesmo.
99th Keliling street, Pekanbaru
62+5200-1500-250
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