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Mestra

Assunção Gonçalves

Maria Assunção Gonçalves

Mestra em Pintura, Culinária e Renda

Publicação no Diário Oficial do Estado

24 de setembro de 2007

Cidade/Residência

Juazeiro do Norte ( Região do Cariri)

Nascimento

1º de junho de 1916

Falecimento

19 de maio de 2013

(recitanto)

Pessoal, quando eu morrer /
que vocês forem me enterrar /
num quero ver ninguém chorando /
porque eu não gosto de chorar /
vocês levem um violão /
pra na minha voz cantar /
cante música de reisado que eu gostava de cantar /
Gente, quando eu morrer /
eu não quero choro profundo /
eu quero um boi no meu enterro /
pra eu brincar no outro mundo /
pra eu brinca lá com São Pedro /
que é o chaveiro do mundo.

“Eu tenho muito prazer porque eu posso dizer que eu sou Mestre, feito pela natureza.”

Assunção era uma artista autodidata. Iniciou-se na pintura ainda jovem. Ela mesma fabricava suas tintas, dissolvendo papéis coloridos de seda em tampinhas de cerveja com água; assim como os pincéis, feitos com penas de galinha. Começou primeiro a utilizar aquarela, depois passou para óleo sobre tela. Foi também professora de desenho e pintura. Parou de pintar por recomendação médica em decorrência de uma alergia que as tintas lhe causavam. Mas continuou exercitando suas habilidades artísticas através da culinária. Fazia bolos e confeitos que enchiam os olhos e aguçavam os paladares dos que tinham o prazer de degustarem tais iguarias. Fazia ainda trabalhos em renda de bilros.
Era considerada uma memória viva de Juazeiro tal a sua inserção na vida da cidade e sua capacidade de memorizar acontecidos do cotidiano do lugar onde nasceu e viveu.

Professora reconhecida
Conheceu Padre Cícero e ouvir rezar e relatava esse com Padre Cícero.
Marcus Jussier e Daniel Filho.