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Mestre

Seu Mundô

Raimundo de Brito Silva

Mestre Mateiro

Publicação no Diário Oficial do Estado

22 de outubro de 2008

Cidade/Residência

Juazeiro do Norte (Região do Cariri)

Nascimento

14 de abril de 1931.

Falecimento

22 de abril de 2015

(Cantando)

“A minha poesia vem do campo, vem das flores. Vem de dentro de mim. Eu trago o universo na minha cabeça”

Raimundo de Brito Silva viveu a maior parte da vida em meio a catadores de pequi, botânicos, pesquisadores.  Viveu entre os que sabem o quanto a natureza é pródiga e o quanto dela o ser humano é devedor.  Esse foi um aprendizado que se se fez na sua lida  diária de  guarda florestal durante trinta e sete anos da Chapada do Araripe, trabalhando no antigo Instituto de Defesa Florestal – IBDF.  Seu Mundô, como era mais conhecido, aprendeu  como usar raízes, folhas e cascas de árvores  para  produzir uma fórmula  que auxiliava  no combate a algumas doenças. Fazia isso sem cobrar nada em troca. Seu conhecimento empírico foi útil a pesquisadores que tiveram na Chapada uma fonte de estudos para investigações científicas. Aposentado, trabalhou ainda para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) .

“Eu estou autorizado / vamos cantar desde já / estava esperando vocês chegarem de lá / fazendo o livro dos mestres da cultura do Ceará. Pedro Bandeira está aqui no bairro Lagoa / chamada Lagoa Seca onde o pássaro ainda voa / a cabeça já tá branca mas a cantoria é boa”. 

“Para mim rede não arme / para mim cama não forre / eu quero morrer cantando, benzendo e tomando um porre / morrer em pé estalando como um pé de angico mole / morrer em pé estalando como um pé de angico mole”.