Mestre
30 de maio de 2006
Caririaçu (Região do Cariri)
15 de setembro de 1925
16 de julho de 2016
Pessoal, quando eu morrer /
que vocês forem me enterrar /
num quero ver ninguém chorando /
porque eu não gosto de chorar /
vocês levem um violão /
pra na minha voz cantar /
cante música de reisado que eu gostava de cantar /
Gente, quando eu morrer /
eu não quero choro profundo /
eu quero um boi no meu enterro /
pra eu brincar no outro mundo /
pra eu brinca lá com São Pedro /
que é o chaveiro do mundo.
O meu destino era a rabeca
Visitamos seu Zé Matias da primeira vez que fomos ao Cariri, em 2015. José Matias Filho foi conosco de Juazeiro até Caririaçu, onde o Mestre morava com a filha Maria. Sabíamos que o Mestre do Reisado dos Franciscanos, cratense de nascimento, estava bastante doente. A intenção era apenas uma visita de cortesia e conversar um pouco com a família. Mas o que se passou foi surpreendente. Dona Maria aprontou o pai, que raramente se levantava da cama, já sem memória recente e balbuciava poucas palavras, com as roupas e adereços do Reisado de congo que tanto ele amava, para algumas fotos. A sessão foi iniciada com os dois filhos ao lado do pai e avivado pela viola do filho e voz de Maria, seu Zé Matias entoou refrãos das canções do seu reisado com uma expressão de quem estava fazendo uma revisita no tempo. Pudemos atestar o quanto o Mestre mantinha a tradição sob sua guarda . Uma tradição que aprendeu ainda no Crato com um tio seu que era mestre e que desde que se mudou com a família para Caririaçu, acerca de 44 anos, continuou defendendo. Dona Maria nos relatou que o reisado do pai era em louvor ao menino Jesus e que na época natalina eles se apresentavam nas ruas de Carriaçu e Juazeiro.
99th Keliling street, Pekanbaru
62+5200-1500-250
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